O Pix se tornou um símbolo da capacidade do País de desenvolver soluções tecnológicas inclusivas e eficazes

Fonte: Fabio Gallo, Estadão, 7/06/25

No lançamento do Pix Automático, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que o Brasil é hoje mais conhecido como o “país do Pix” do que como o país do futebol.

A frase pode soar como uma brincadeira — e provavelmente foi —, mas transcende a metáfora, pois simboliza uma transformação na imagem internacional do Brasil.

Ela reflete uma transformação na imagem internacional do Brasil, que passa a ser reconhecido não apenas por seu brilhante histórico no futebol, mas também por sua liderança em inovação financeira. O Pix se tornou um símbolo dessa nova identidade nacional, revelando a capacidade do País de desenvolver soluções tecnológicas inclusivas, eficazes e de alcance massivo.

Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o sistema acumulou mais de 160 milhões de usuários, abrangendo mais de 75% da população adulta brasileira. Hoje, mais de 50 países operam sistemas de pagamentos instantâneos, mesmo assim, o Pix se destaca pela velocidade de adoção, escala populacional, impacto social e arquitetura centralizada inovadora. 

Neste ano, deve movimentar cerca de R$ 27 trilhões, um crescimento de quase 59% em relação a 2024. No ano passado, foram perto de 64 bilhões de transações, número muito superior às cerca de 20 bilhões realizadas com cartão de crédito, cujo volume financeiro ficou abaixo de R$ 3 trilhões. 

Mais relevante ainda do que o volume é o impacto social. Só em 2024, aproximadamente 71,5 milhões de pessoas utilizaram o Pix pela primeira vez, muitas das quais nunca haviam tido conta bancária formal. 

O sistema abriu portas para microempreendedores, trabalhadores informais e vendedores de rua, que passaram a receber pagamentos de forma digital, criando histórico financeiro e acesso a novos serviços. 

Como resultado, a bancarização da população adulta passou de 84% em 2019 para cerca de 93% em 2024, segundo estimativas do setor. 

Uma transformação silenciosa, mas poderosa. E, claro, estamos no Brasil — e o Pix também virou palco da criatividade popular. Pessoas usam a função para enviar mensagens românticas, pedir desculpas, recuperar documentos perdidos, fazer vaquinhas, dar presentes, apoiar artistas e até realizar doações a moradores de rua via QR Code. Também há o lado sombrio: surgiram fraudes e figuras como o “Urubu do Pix”, símbolo irônico de golpes camuflados como promessas de retorno financeiro instantâneo. 

O futuro do Pix é ainda mais ambicioso com outras funcionalidades e integração com o Drex (Real Digital) que deve expandir ainda mais as fronteiras da inclusão financeira e da digitalização da economia.

Fonte: Fabio Gallo, Estadão, 7/06/25

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