Fonte: Paula Martini, Valor Econômico, 26/06/25

Entre janeiro de 2024 e junho deste ano, o BNDES atingiu R$ 1 bilhão em crédito para projetos de inteligência artificial (IA)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, nesta quinta-feira (26), contrato de R$ 23,2 milhões para apoiar o plano de inovação da Bionexo, empresa de
tecnologia que oferece soluções digitais em nuvem para o setor de
saúde. A empresa dispõe de plataformas que conectam hospitais, laboratórios e clínicas a operadoras de saúde e fornecedores no Brasil, Argentina, Colômbia e México.

O crédito representa o valor total do projeto, que contempla o desenvolvimento de soluções com inteligência artificial e integração de plataformas digitais. A expectativa é que o plano de inovação da companhia aumente a eficiência nas transações, intensifique a segurança dos dados e aprimore a comunicação entre hospitais, fornecedores e operadoras.

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O projeto contará com 35 pessoas da equipe própria de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e com a contratação de serviços técnicos especializados. “O apoio do BNDES reforça a confiança no nosso compromisso de transformar o setor de saúde por meio da tecnologia”, afirmou o CEO da Bionexo, Rafael Barbosa, em nota.

Entre janeiro de 2024 e junho deste ano, o BNDES atingiu R$ 1 bilhão em crédito para projetos voltados à inteligência artificial (IA). Foram aprovadas operações para diferentes elos da cadeia, como hardware, integradores e desenvolvedores de aplicações e infraestrutura.

“Temos visto uma demanda crescente no banco e o Brasil está se tornando um local onde as empresas têm desenvolvido tecnologias. Há profissionais capacitados, há infraestrutura e uma política industrial no âmbito da NIB [Nova Indústria Brasil] que está estimulando esses investimentos”, afirmou ao Valor o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luis Gordon.

De acordo com o banco, a maior parte dos projetos relacionados à IA foi financiada com recursos do programa BNDES Mais Inovação, que opera com a Taxa Referencial (TR). “Alguns são apenas com a TR, como os projetos de P&D [pesquisa e desenvolvimento], enquanto outros combinam TR com taxas de mercado. A composição varia conforme cada projeto”, explicou Gordon.

O maior volume de financiamento e número de operações foi para integradores e desenvolvedores, um total de R$ 561 milhões no período de um ano e meio. Neste grupo, estão empresas que conectam tecnologias de IA aos clientes finais, como fintechs e healthtechs.

Outros R$ 258 milhões foram para a área de hardware, que inclui produtores de chips especializados, hardware embarcado e supercomputadores. Mais R$ 180 milhões foram direcionados para projetos de infraestrutura, como cloud computing e data centers.

Fonte: Paula Martini, Valor Econômico, 26/06/25

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