Fonte: Rebecca Silva, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 30/07/25
Rodada vai financiar a industrialização e aprovação regulatória de dispositivos proprietários para competir globalmente. Healthtech foi fundada por irmãs gêmeas.
A SleepUp, healthtech de soluções digitais e dispositivos vestíveis para o cuidado do sono, anuncia nesta quarta-feira (30/7) a captação de R$ 7 milhões em rodada liderada pelo fundo Criatec 4 – criado com recursos de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e outros, com gestão de Triaxis Capital e Crescera Capital –, e acompanhada por grupos de anjos, como GVAngels, Poli Angels, Sororitê e Anjos do Brasil, e investidores internacionais.
Renata Redondo Bonaldi, PhD, Global MBA, cofundadora e CEO da startup, revela que o processo de captação durou cerca de dois anos. “O Brasil não é maduro para captação de deep techs. Foi um processo que envolveu muita atividade dentro e fora do país. Estamos felizes porque o líder tem esse olhar mais próximo de deep techs e viu potencial de impacto e escala global.”
Os recursos serão direcionados para finalizar aprovações regulatórias no Brasil e em outros países, viabilizar a industrialização das faixas de eletroencefalograma (EEG) portáteis – tecnologia proprietária que monitora sinais cerebrais durante o sono de forma não invasiva – e escalar as vendas, aproveitando oportunidades em mercados como China, Europa e Emirados Árabes Unidos. “O problema que resolvemos é global: a dificuldade no acesso ao diagnóstico e ao tratamento, com grandes filas de espera para realizar exames”, pontua.
Fundada em 2019 por Bonaldi e a irmã gêmea, Paula Redondo, a SleepUp opera no B2B, atendendo empresas de saúde, clínicas, hospitais e clientes corporativos, como a Samarco, que disponibiliza a tecnologia para seus funcionários. Cerca de 40 mil usuários únicos utilizam a plataforma de cuidado do sono da healthtech, que segue um protocolo clínico para tratamento de insônia.
O modelo de negócios da startup contempla o licenciamento apenas do software de terapia digital, mediante pagamento mensal calculado a partir do número de vidas atendidas, e o formato que contempla os dispositivos, no modelo de comodato, para uso ilimitado com pacientes. Segundo Bonaldi, a SleepUp atende cerca de 30 clientes no Brasil.
“A faixa passou por um processo de validação clínica, de cerca de quatro anos de estudo, que a compararam com a polissonografia. Atingimos 90% de precisão. Com esses dados, vamos aplicar para a aprovação da Anvisa”, afirma a CEO. Além da faixa portátil, a startup criou um anel oxímetro para uso noturno – ambos se integram ao aplicativo.
A aprovação deve demandar um investimento em torno de R$ 250 mil e demorar de três a seis meses, de acordo com a CEO. A recente injeção de capital ajudará nesse processo e em outros que se iniciaram na Europa e nos Estados Unidos. Por enquanto, os dispositivos são oferecidos como produtos não médicos, para uso em pesquisa.

Bonaldi ressalta que a tecnologia proprietária da SleepUp se diferencia de outras faixas, vendidas fora do Brasil, com estímulos para combater a insônia. “Temos visto o crescimento de tecnologias para o sono, atreladas à pauta da longevidade, um driver relevante na Ásia e na Europa. As portas estão se abrindo porque juntamos o dispositivo vestível com biomarcadores de sono, personalizamos a terapia e trazemos diagnóstico no aplicativo”, destaca.
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